Pages

13.10.08

Essa tal de platonia...

Odeio ter amores platônicos.

As vezes eu odeio o simples fato de gostar de alguém. Ainda mais quando o destino faz o favor de me colocar perto dessa pessoa numa situação em que o sentimento é sentido como o cheiro de uma rosa.

No começo o perfume é forte, envolve de uma maneira carcerária os corações que já estão amolecidos e os faz pensar que estão realmente fazendo parte de um grande romance.

A embriaguez é plena, faz de um momento banal a perfeição resumida em algumas horas ou minutos, que vai deixar esse apaixonado com cheiro impregnado em sua alma por dias, ou até mesmo semanas.

E não esqueçam caros amigos, esse perfume vem de alguém que é apenas uma ilusão, alguém que não dá chance nenhuma de sonhar com o futuro a dois.

Não se sabe de onde vem, e do mesmo modo para onde vai.

Quando pisamos no chão depois de sermos carregados muito tempo pela força desse tal de amor, nos damos conta de que não há amor e de que não há chão.

Muitos desabam e se derretem em lágrimas que correm pelo mar de tristezas que acabou de se formar. Outros (como eu) já estão acostumados e quanto mais quedas levam, mais fortes se tornam, menos sofrem e dão conselhos aos outros.

Antes eu sofria demais, agora eu apenas me conformo. Lutar nessas situações só se for para se manter em pé, para se manter dura e não derreter.

Nenhum comentário: