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18.5.09

Busca


Na busca incessante por nosso lugar no espaço andamos muitos caminhos dos quais nem imaginaríamos precorrer. Nos sentimos até perdidos algumas vezes, sem saber se, de fato, vamos conseguir o que queremos.

Mergulhamos nas águas turvas da incerteza, vamos nos deixando levar pela correnteza sem saber onde é a queda d'água mais próxima.


Mas conheço pessoas que nadam contra a correnteza dizendo "
meu caminho quem faz sou eu", e vejo a maioria sendo carregada depois pela água, impedidos de nadar mais por cãimbras, contusões ou algumas outras coisas que os mostraram que na vida agente deve ir com calma.

Dar passos no escuro não significa que não temos certeza do que queremos. Não siginifica que somos fracos ou covardes.


Ao contrário de tudo o que se pensa, também, ficar parado não é um erro. Esperar a hora certa de agir é tão sábio quanto se apostar sua única ficha em algo incerto. É tão corajoso quanto.


Porque na vida, a maioria das coisas que fazemos são erros, dos quais nos arrependemos apenas.

Nunca pensamos nesses erros como lições, nunca pensamos que deles nós tiraremos o aprendizado de como executar tal coisa de uma maneira diferente, ou pelo menos não da maneira errada que fizemos da primeira vez.

Poderemos até errar de novo, mas vamos entender aos poucos como se age, sente, vive.


E, na nossa busca, teremos aos poucos um registro de nossa coragem de tentar buscar na vida um sentido pra se ter prazer em viver.

8.5.09

Besoin de l'instant


Se num abraço as pessoas esquecem que estão tristes
eu gostaria de esquecer que tenho medo de viver só.

Queria depois de estar com o coração cansado de se desiludir
um abraço para esquecer que a vida não é uma ilusão boa.

Seria pra mim como se eu conseguisse levitar
depois de ter enchido meu corpo de terra.

Gostaria de sentir o sentimento e sentir mais ainda.
E quando ele estivesse cansado de ser sentido
pedisse que eu o sentisse ainda mais.

Que ele me dissesse:
- Meu amor, estou aqui.
Eu não hesitaria em sorrir
nem esqueceria de derramar minhas lágrimas.

Sei que ele iria estar cheio de meus problemas,
mas acho que comigo ele iria esquecer até os dele.

Eu o levaria aos poucos pro meu mundo
e de vez em quando eu iria pedir para entrar no dele.

E então não haveria decepção nem tristeza,
e se houvesse, agente iria se explicar
agente iria tentar ser o mais surreal possível
pra tentar amenizar certas dores.

Não teríamos medo de entrar num conto de fadas,
nem de sair dele.
Simplesmente viveríamos momentos
desligando o raciocínio
e todas as outras coisas que nos impedisse de sentir.

Não descutiríamos pelos erros,
nós só lembraríamos deles
para que eles sejam reconhecidos antes de passar por nós.

E o mais importante:
Ele me daria a mão
e perceberia que eu preciso dele,
sem que houvesse necessidade
de que saíssem lágimas dos meus olhos.

6.5.09

Por aí


Eu vivo doida por aí
num mundo onde há vários loucos como eu
Jovens que são mais românticos que um poeta
Maníacos pela alegria e o amor
Não se assuste,
pois eu nao me assusto com isso.

Nós saímos nas ruas
Nós agimos como se o mundo fosse um picadeiro
Mas, não só fazemos palhaçadas
não só fazemos rir
Nós fazemos medos a nós mesmos,de vez em quando
Também fugimos dos medos, de vez em quando.

Nos afogamos em cervejas e bebidas
Cigarros e pós
Ou nem sempre nos fabricados
Nos afogamos nos corpos uns dos outros
No nosso próprio suor

A vida à vezes começa só à noite
Quando nós realmente dançamos e nos divertimos
Voamos de nossas casas e até de nossas cidades
Para alcançar sei-lá-o-quê em algum lugar


E no final é só o dia amanhecendo
E no final o mundo volta ao normal
Buscamos de volta o que ficou no caminho
Nos banhamos e colocamos mochilas nas costas
Para enchê-las de conhecimento durante o dia
E esvaziá-las com loucura durante a noite